filmes livros séries
Drops do mês Notas sobre

Drops de janeiro: um mês bem família

historia de um casamento

Sem querer, janeiro foi um mês bem família.

Li Uma casa no fim do mundo:

Escrito em 1990 pelo autor estadunidense Michael Cunningham, é narrado pela voz de quatro personagens: Jonathan, Bobby, Alice e Clare. A história começa nos anos de 1960, em Cleveland, e fala sobre relações familiares e seus traumas, como a morte, a ausência e a indiferença, a experiência com drogas e as diversas formas de amor. A busca por identidade também é marcante no livro e a maneira como cada um procura sua própria individualidade e lugar no mundo, pautando-se no passado e no futuro, é descrita com extrema sensibilidade. O quanto nossa existência pregressa e nosso desejo de realização é capaz de moldar o nosso presente? O quanto deixamos de fazer e quem deixamos de ser por viver esperando que as circunstâncias mudem? Essas são algumas das várias problemáticas delicadas colocadas pelas personagens da obra. Apesar da multiplicidade de vozes e de questões, esse é um livro fortemente marcado pela busca de conexão familiar e de um sentimento de lar, ainda que de formas pouco convencionais.

Assisti História de um casamento:

O filme do diretor Noah Baumbach tem Scarlett Johansson e Adam Driver em atuações impecáveis. O enredo começa leve, como uma comédia romântica, e dá uma primeira impressão completamente diferente do que vem logo a seguir: a história se torna pesada e a gente consegue sentir o desconforto provocado por aqueles conflitos que ninguém sabe como começaram, mas que vão se tornando cada vez mais furiosos. É um retrato sobre como casamentos se desenvolvem tanto no amor e no cuidado, como na raiva e na indiferença, e se tornam sempre laços fortes demais para serem rompidos sem traumas.

Descobri Os Busby’s+5 e 6 é Demais, as séries sobre famílias com bebês quíntuplos no Discovery Home&Health:

Não sou de assistir à televisão com frequência, mas quando paro pra ver, gosto das coisas mais bobas. Apesar de saber dos cortes e edições desses programas, eles têm o poder de pegar a gente pelo prazer humano em observar os costumes e a diversidade de maneiras como as pessoas levam a vida. As duas séries são feitas por famílias que já tinham um filho e de repente, bum!, tiveram quíntuplos. Acompanha a rotina do cuidado com os bebês e toda a loucura da logística de alimentação, banhos e passeios, bem como a adaptação das crianças que são só um pouco mais velhas e perderam espaço com o nascimento dos vários irmãozinhos… enfim, dia a dia mais ou menos comum, com um fator incomum, e as lentes de aumento da TV, que tornam o ordinário algo espetacular. Em minha defesa, esse tipo de programa é material de pesquisa socioantropológica pra cronista. 🙂

E vocês, o que leram, assistiram ou descobriram de legal em janeiro?

2 thoughts on “Drops de janeiro: um mês bem família”

  1. Oi Alexandra! Estou pra assistir o filme do Noah. Na verdade qualquer filme dele. Porque só ouço coisas boas de seus longas. Mas nunca sinto que estou na “vibe” certa pra assistir. rs

    Eu só ando assistindo séries mesmo. Brooklyn Nine Nine e Single Parents. Séries levinhas pra deixar os meus dias mais suportáveis rs

    Bom final de semana pra você ♥

    1. Ah, isso dá vibe certa é muito importante. rs

      Eu também tô precisando de uma vibe mais levinha. Pensando em voltar pra Gilmore Girls, que eu amo. 🙂

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *