Barra do Cunhaú Brasil

Barra do Cunhaú

estrada das falesias

Na nossa primeira viagem ao Rio Grande do Norte visitamos Pipa, a praia de Tibau do Sul e a Lagoa de Guaraíras. Por último, pegamos a Estrada das Falésias para ir até a Barra do Cunhaú, no município de Canguaretama, a 78 km de Natal. 

estrada das falesias

Apesar de ser um atalho para chegar muito mais rápido à Barra do Cunhaú, saindo de Pipa, do que se pegássemos a rodovia, a Estrada das Falésias não é apenas isso: trata-se de uma atração por si só. 

Mesmo que fosse mais longo, a vista impressionante para as praias com mar de verde intenso durante todo o trajeto já faria valer a pena a escolha por esse caminho. No entanto, além da paisagem ainda há mirantes onde é possível observar tartarugas marinhas.

É preciso ter coragem e certa habilidade para encarar essa estrada. Ela é de terra, sofre com a erosão, não tem sinalização e possui riscos especialmente nas áreas com acúmulo de areia. Alguns trechos são muito estreitos entre as falésias e o abismo e algumas subidas, igualmente estreitas, também juntam areia e fazem o carro deslizar. Mas, uma vez que você a enfrenta, a recompensa é garantida.

Para chegar até a Barra do Cunhaú vindo da Estrada das Falésias é preciso fazer a travessia do rio Catu pela balsa manual de Sibaúma. A extensão é curtíssima e a paisagem é linda.

Apesar de ficar muito perto de Pipa, a Barra do Cunhaú é totalmente alheia à efusividade turística vizinha. O lugar tem o ar antigo e nostálgico de vila de pescadores e as praias não lotam de turistas. Para quem gosta de tranquilidade e não se preocupa com a rusticidade – ou até a prefira -, é a escolha perfeita.

Em quase todo o litoral nordestino o sol se põe cedo, então, chegar às 16 horas num lugar pode significar pegar apenas uma réstia de luz. Foi o que nos aconteceu, por isso passamos primeiro um fim de tarde na praia e, como ficamos encantados com o lugar, voltamos para poder aproveitar um dia inteiro lá. 

No nosso dia dedicado à Cunhaú, tivemos sol, chuva e uma comida maravilhosa no restaurante Barraca da Baiana, em frente ao mar. Escolhemos ficar em uma pequena enseada da praia, onde a água entra por cima das pedras conforme a maré vai enchendo e forma uma piscina natural ótima para um banho bem tranquilo. 

barra do cunhau

barra do cunhau

Da Barra do Cunhaú saem barcos que fazem passeios com paradas em outras praias. Da orla vemos uma delas, a Praia da Restinga, de onde é possível ir até a Baía Formosa por uma estrada de terra. Dizem valer muito a pena a visita, mas nós não pudemos fazer essa viagem. 

Por outro lado, tivemos um final de tarde bem gostoso por ali mesmo, conversando com um morador sobre Sibaúma, comunidade quilombola de mais de 400 anos, separada da Barra do Cunhaú pelo rio Catu, onde fizemos a travessia de balsa. 

Ainda ficamos vendo os barquinhos e fomos contagiados pela nostalgia e história da região, cada vez mais certos de que devíamos voltar. Fazendo planos para isso, pegamos a estrada de volta para casa.

barra do cunhau 

 Fotografia: Alexandra Duarte e Evandro Medeiros

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Se você curtiu conhecer um pouco das belezas de Barra do Cunhaú, veja também as duas primeiras partes da nossa viagem ao Rio Grande do Norte:

Viajando com bebê: Rio Grande do Norte – Pipa

Viajando com bebê: Rio Grande do Norte – Praia de Tibau do Sul e Lagoa de Guaraíras

5 thoughts on “Barra do Cunhaú”

  1. Alexandra, que amor de blog!!
    Viajei com vocês com esse post. Que paisagens tão lindas, que lugares especiais e cheios de história. Espero um dia ter oportunidade de conhecer esses cantos do Brasil. Conheço nadinha do Rio Grande do Norte, vontade de fazer esse mesmo passeio 🙂

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