fossil de calango
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Do respeito às coisas desimportantes

crânio de calango

“Mamãe, você viu meu fóssil?”, disse Aimée, me mostrando os restos de um calango que ela encontrou no nosso quintal. Esse pequeno tesouro, provavelmente um presente deixado pelos nossos gatos, virou uma hora de brincadeira, perguntas, curiosidades. Primeiro foi descoberto o crânio, depois as vértebras e por último a pele. Umas coisinhas diminutas e frágeis, quase insignificantes pra gente, mas uma descoberta incrível pra ela.

Eu poderia dizer que Aimée é uma pesquisadora nata, mas eu sei que essa alegria de saber é característica essencial da infância, que a maioria das pessoas perde quando se torna adulta. A não ser que a gente seja um pouco Manuel de Barros: “[…] Dou respeito às coisas desimportantes e aos seres desimportantes. Prezo insetos mais que aviões. […] Meu quintal é maior do que o mundo. Sou um apanhador de desperdícios.”

vértebra de calango
fóssil de calango
fóssil de calango

4 thoughts on “Do respeito às coisas desimportantes”

  1. Que fotos mais lindas Alexandra! Adorei o p&b e a curiosa Aimée. Que poderia ser protagonista de um filme de tão fofa. Fora o nome que é muito bonito e já é de artista hehe

    Bom início de ano pra vocês ♥

  2. Mas que descoberta maravilhosa ~ e que bela oportunidade para aprender sobre a vida, sobre o corpo, sobre tantas coisas. <3
    Estou encantada com a frase do Manuel de Barros, quanta delicadeza e sensibilidade. Que a gente saiba ser (pelo menos um pouquinho) mais assim.

    Um beijo grande!

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